Fonte: PC-RS, UOL, G1-RS / DIVULGAÇÃO
Deise Moura dos Anjos, 42 anos, que é suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado, estava na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O envenenamento foi através da mistura de arsênio na farinha de trigo utilizada para a fabricação de um bolo.
O item foi consumido pela família às vésperas do Natal de 2024.
ENCONTRADA MORTA:
Ela foi encontrada morta em sua cela, na manhã desta quinta-feira, dia 13 de fevereiro, durante a conferência matinal.
Foram feitos os primeiros socorros e acionado o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que ao chegar no local, constatou o óbito.
Pela cena presenciada pelos agentes, a presa teria tirado a própria vida.
RELEMBRE O CASO:

Na foto acima, o marido de Deise, ela, o filho e os sogros.
Segundo a investigação, o principal alvo de Deise, era a sogra Zeli dos Anjos.
A investigada teria comprado o arsênio utilizado pela internet, inclusive assinando o comprovante de entrega dos Correios, e utilizado na confecção de alimentos para a família posteriormente.
Os indícios mostram que ela comprou ao menos quatro vezes o veneno em um período de cinco meses.
Na ocasião do bolo, Deise teria ofertado à farinha contendo arsênio à sogra, Zeli, que o confeccionou.
Após a ingestão do bolo no dia 23 de dezembro, faleceram Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, de 65.
Ao todo, estavam presentes na confraternização, sete familiares, inclusive uma criança de apenas 10 anos de idade.
Inicialmente, todo mundo acreditava ser a sogra, a culpada pelas mortes, o que foi sendo desmentido com o passar da investigação.
MAIS MORTES:

O corpo do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro do ano passado, foi exumado e a perícia apontou conter arsênio também.
Na época, a morte dele foi atribuída a uma infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó em um café da tarde, o qual a investigada estava presente e levou os itens para a confraternização.
TRANSFERÊNCIA DE PRESÍDIO:
A acusada havia sido transferida do Presídio Estadual Feminino de Torres para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba no dia 6 de fevereiro por questões de segurança.
Leia mais sobre a transferência aqui.
Segundo familiares e conhecidos, Deise tinha problemas e conflitos com diversas pessoas da família.
De acordo com o Delegado Fernando Sodré, a detenta teria tirado a própria vida porque “viu que a casa caiu”.
O caso será apurado pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).